top of page
  • Foto del escritorRed de Servidores Públicos

Psicologia e a Diminuição da Maioridade penal no Brasil

“É o que traduzirei dizendo que o homem está condenado a ser livre. Condenado porque não se criou a si próprio; e, no entanto, livre porque, uma vez lançado ao mundo, é responsável por tudo quanto fizer” (Sartre, 1973, p. 15)





O que eu, uma pessoa politicamente envolvida com a nação posso dizer a respeito da Diminuição da Maioridade Penal no Brasil, partindo de meus conhecimentos teóricos em psicologia e de minha orientação política?

Sou a favor da Diminuição desde que:

1) O sistema prisional brasileiro deixe de ser um sistema punitivo e passe a ser um sistema educativo (Melo, 2012). A Punição, apesar de ser um modelo ou sistema de educação, é o pior e de mais difícil manejo por causar mais e imprevisíveis efeitos colaterais, como sentimentos de raiva, comportamentos agressivos, aumento do ressentimento e vários outros sentimentos negativos. (Souza & Reis, 2006). Ou seja, a única coisa que temos conseguido com o sistema prisional brasileiro é reforçar o comportamento desregulado socialmente dos indivíduos. Não adianta “enfiar um estagiário de delinquente” na cadeia para que este saia um profissional do crime.

2) O Brasil investir em uma séria política de educação e assistência social às famílias pobres deste país. Ora é muito simples e visível para quem trabalha com famílias (como eu) enxergar que uma das principais contribuintes para o comportamento marginal é uma família desestruturada. Afinal de contas, o primeiro lugar de educação social de uma pessoa é no contexto familiar e se este estiver disfuncional será mais difícil ter um indivíduo socialmente saudável.

3) Quando houver sérios programas de acesso à educação e cultura para as camadas mais pobres da população. Não se trata de subsidiar ou cotizar a educação, mas fornecer ferramentas de mobilidade social através da educação. Isso tudo deve ser acompanhado de uma política séria de segurança pública, pois o fator preventivo deve vir também acompanhado do fator ostensivo (sim eu sou daqueles que não descarta a polícia e o seu papel).

Enfim, eu poderia me ater ao fato de que muitos dizem que não devemos enviar nossas “crianças” para a cadeia, mas o fato é que, nossas crianças estão matando, roubando, estuprando e estas precisam responsabilizar-se pelos atos de “adultos” que cometem. Afinal de contas, a categoria que nós conhecemos como “criança” é fluída (esse é um dos males da modernidade líquida) (Bauman, 2001), sendo que as tecnologias e a superestimulação inadequada tem formados “adultos precoces”. Ou seja, o que nós conhecemos como criança, é uma categoria do século passado – antigamente era-se criança até os 16 ou 18 anos; hoje aos 12 muitos já tem vida sexual ativa. O que acontece é que, as crianças estão deixando sua infância cada vez mais cedo, são produtos de nossa vida social desregulada.

O que desafio neste texto é a categoria “criança” e a sua atualidade no contexto tecnológico e caótico em que vivemos. A fluidez que a modernidade trouxe para questões antigamente tão bem resolvidas revela os desafios de redefinirmos os marcos de nossas categorias. As crianças da atualidade estão adentrando a vida adulta com mais velocidade e assumindo os papéis de “gente grande”, por isso devemos assumir uma das duas posturas: Ou nos responsabilizamos pelo desenvolvimento de nossos filhos, tomando cuidado pela estimulação que estamos oferecendo para eles, ou assumimos que necessitamos rever os limites do que conhecemos por infância.

Neste sentido, a não ser que mudemos o Brasil, o nosso destino é sofrer nas mãos de um caminho que nós mesmos criamos. Querem prender nossos jovens? Mudem o conceito de justiça deste país!


Referências

Bauman, Z. (2001). Modernidade Líquida. Rio de Janeiro: Zahar.

Melo, J. O. (2012). Noruega consegue reabilitar 80% de seus criminosos. Em Consultor Jurídico. Disponível em http://www.conjur.com.br/2012-jun-27/noruega-reabilitar-80-criminosos-prisoes no dia 16 de Março de 2014.

Sartre, J. P. (1973). O existencialismo é um humanismo (V. Ferreira. Trad.). São Paulo: Abril.

Souza, C. M. G. & Reis, M. (2006). Os efeitos da punição sobre o comportamento de crianças e adolescentes. Revista de Psicologia [Versão Online]. Disponível em http://blog.newtonpaiva.br/psicologia/wp-content/uploads/2012/08/pdf-e2-06.pdf no dia 15 de Março de 2014.


Versión castellano.


Psicología y la Disminución de la Mayoridad Penal en Brasil

“Es lo que voy a traducir diciendo que el hombre está condenado a ser libre. Condenado porque no se creó a sí mismo. Sin embargo, libre porque una vez arrojado al mundo, es responsable por todo lo que hace” (Sartre, 1973, p. 15) Traducción propia

¿Qué puedo decir yo, una persona políticamente involucrada con la nación, con respecto a la cuestión de la Disminución de la Mayoría de Edad Penal en Brasil, desde mis conocimientos teóricos en psicología y de mi orientación política?

Soy favorable a la disminución siempre y cuando:

1) El sistema de prisiones brasileño deje de ser un sistema punitivo y pase a ser un sistema educativo (Melo, 2012). La Punición, además de ser un modelo o sistema de educación, es peor y de más difícil manejo por causar mayores e imprevisibles efectos secundarios, como sentimientos de rabia, comportamientos agresivos, aumento del resentimiento y muchos otros sentimientos negativos (Souza & Reis, 2006). Así, la única cosa que hemos logrado con el sistema de prisiones brasileño es reforzar el comportamiento desregulado socialmente de los individuos. Es inútil “poner un aprendiz de delincuente” en la prisión para que de allí salga un profesional del crimen.

2) Brasil haga inversiones en una seria política de educación y asistencia social a las familias pobres de este país. Es muy simple y visible para aquellos que trabajan con familias (como yo), ver que uno de las principales factores para el comportamiento delincuente es una familia disfuncional. El primer lugar de educación social de una persona es en el contexto familiar, y si este es disfuncional será más difícil tener un individuo socialmente saludable.

3) Cuando tengamos serios programas de acceso a la educación y cultura para las clases más pobres de la población. No se trata de subvencionar o poner cuotas para la educación, sino proporcionar herramientas de movilidad social a través de la educación. Todo eso debe ser acompañado por una política seria de seguridad pública, porque el factor preventivo debe ser acompañado con el factor ostensivo (si, yo soy de aquellos que cree en el rol de la policía).

Todavía, yo podría quedarme en la idea que muchos sostienen, que no debemos enviar nuestro “niños” para la prisión, pero el hecho es que, nuestros niños están matando, robando, violentando, y ellos necesitan responsabilizarse por los actos de “adultos” que hacen. Al final, la categoría que nosotros conocemos como “niños” es fluida (uno de los males de la modernidad liquida) (Bauman, 2001), considerando que las tecnologías y la súper estimulación inadecuada ha generado “adultos precoces”. Esto es, lo que nosotros conocemos como niño es una categoría del siglo pasado – antiguamente los niños era hasta los 16 o 18 años pero, hoy día, a los 12 años ya tienen hasta vida sexual activa. Lo que pasa es que, los niños están dejando su niñez cada día más temprano, y se van convirtiendo en productos de nuestra vida social disfuncional.

Lo que desafío en este texto es la categoría “niño” y su actualidad en el contexto tecnológico y caótico en lo cual vivimos. La fluidez que la modernidad trajo hacia cuestiones antiguamente tan resolutas, revela los retos de redefinición de los marcos de nuestras categorías. Los niños de la actualidad llegan a la vida adulta con más velocidad y asumen los roles de “gente grande”, por eso debemos asumir una de las dos posiciones: O nos hacemos responsables por el desarrollo de nuestros hijos, velando por la estimulación que les estamos ofreciendo, o asumimos que necesitamos revisar los límites de lo que conocemos como por niñez.

En este sentido, a menos que cambiemos Brasil, nuestro destino es sufrir en las manos de un camino que nosotros mismos creamos. ¿Quieren prender a nuestros jóvenes? ¡Cambien el concepto de justicia en este país!


Murillo Rodrigues dos SantosÉ acadêmico do último semestre do curso de Psicologia pela Pontifícia Universidade Católica de Goiás, presidente da Rede Goiana de Psicologia e pesquisador em subprojeto de pesquisa internacional sobre “Famílias em situação de conflito na América Latina” pela Federação Internacional das Universidades Católicas (FIUC). Foi bolsista da IV Edição do Programa para o Fortalecimento da Função Pública na América Latina, pela Fundação Botín. E-mail: murillo.psi@hotmail.com.


Murillo Rodrigues dos SantosAcadémico del último semestre de la carrera de Psicología por la Pontificia Universidad Católica de Goiás, presidente de la Red Goiana de Psicología y investigador en sub-proyecto de investigación internacional sobre “Familias en Situación de Conflicto en América Latina” por la Federación Internacional de las Universidades Católicas (FIUC). Fue becario de la IV Edición del Programa para el Fortalecimiento de la Función Pública en América Latina, por Fundación Botín. E-mail: murillo.psi@hotmail.com

bottom of page